O doce que ela vendia
Não tinha açúcar somente...
Tinha outro ingrediente,
Que no peito se escondia.
Inocente — Eu não sabia...
Por isso, freqüentemente,
Depois do almoço, eu comia
Aquele docinho quente,
Bem crente que me valia,
Assim, de modo patente,
A sobremesa do dia.
A cada doce eu sentia
Algo um pouco diferente...
À tarde — um bom-bom de nozes,
À noite — um sorriso quente,
Que na boca derretia.
E o meu coração fremente,
A cada hora mais forte,
Palpitava pela moça,
Que aquele doce vendia.
Era...
19 de junho de 2009
14 de junho de 2009
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