10 de setembro de 2009

Úmida, a noite me faz companhia. Já há algum tempo tem sido assim, amiga, Nas horas de tristeza e de fadiga, E nas horas em que escrevo poesia. Revelo meu segredo à face fria Da noite, que me escuta e assim me intriga, Sem ouvidos, sem lábios... Ela abriga A augusta paz que agora me sacia. Sempre silenciosa e paciente, Ela é, de fato, minha doce irmã, É minha mãe, é minha confidente. Sendo assim, ela é minha guardiã. E sou feliz à hora do poente... E fico triste aos raios da manhã... Carlos...