Úmida, a noite me faz companhia.
Já há algum tempo tem sido assim, amiga,
Nas horas de tristeza e de fadiga,
E nas horas em que escrevo poesia.
Revelo meu segredo à face fria
Da noite, que me escuta e assim me intriga,
Sem ouvidos, sem lábios... Ela abriga
A augusta paz que agora me sacia.
Sempre silenciosa e paciente,
Ela é, de fato, minha doce irmã,
É minha mãe, é minha confidente.
Sendo assim, ela é minha guardiã.
E sou feliz à hora do poente...
E fico triste aos raios da manhã...
Carlos Eduardo Drummond
Já há algum tempo tem sido assim, amiga,
Nas horas de tristeza e de fadiga,
E nas horas em que escrevo poesia.
Revelo meu segredo à face fria
Da noite, que me escuta e assim me intriga,
Sem ouvidos, sem lábios... Ela abriga
A augusta paz que agora me sacia.
Sempre silenciosa e paciente,
Ela é, de fato, minha doce irmã,
É minha mãe, é minha confidente.
Sendo assim, ela é minha guardiã.
E sou feliz à hora do poente...
E fico triste aos raios da manhã...
Carlos Eduardo Drummond
2 comentários :
Bonita poesia, mas passa solidão.
Prefiro La Dolce Vita, que apesar de no fim apresentar um pouco de dor, teve um início com mais "vida".
Bjss
Olá, Raquel...
Agradeço o comentário. É, de fato, o poema sugere solidão, o que neste caso reforça a relação (necessária) de "amizade" com a noite, outra personagem da história. Um beijo grande,
Carlos
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