(Le denier jour d’un condamné)
Fria sentença: à morte condenado,
Ideia lúgubre lhe vem à mente,
Sorte dele e da lâmina serpente
Que, juntos, selam o fúnebre noivado.
A poucas horas do terrível fado,
A guilhotina é preparada. Rente,
Um cesto é posto, onde, ao olhar da gente,
O cadafalso espera o renegado.
A multidão se estreita, ali, na esquina
Da grande Praça, palco do infeliz
Que espera a hora da carnificina.
— Não há mais tempo (o atroz carrasco diz),
Está na hora — desce a guilhotina...
Cala-se a voz, mas quem morre é Paris.
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