17 de outubro de 2016




Não há nada mais democrático
No mundo que o "ar"...
O rico, o pobre, o feio, o bonito...
Todos, sem exceção, têm direito a uma boa tragada...
Então, meu amor, como ousa me deixar sem fôlego?


Carlos Eduardo Drummond

2 de outubro de 2016

(Para Torquato Neto)
 
Nem contra,
Nem a favor...
...ainda.
Afinal, estou vindo,
                 Estou vindo,
                        Estou vindo...
Pra dizer:
O que importa é ficar tudo lindo!


Carlos Eduardo Drummond

25 de setembro de 2016


"Escrever é não deixar o mundo morrer asfixiado. Os livros são como o ar que respiramos. Sem eles, a humanidade morreria".

Carlos Eduardo Drummond

17 de junho de 2016

Não se condena duas vezes
Pelo mesmo crime.
Assim afirma o Direito.
Mas eu não aceito!
Ontem, morri de saudade;
Hoje também; amanhã idem,
Depois, bis in idem...
E você, solta no mundo,
A zombar dessa gente,
Continua a me matar impunemente.


Carlos Eduardo Drummond

17 de maio de 2016


A Cultura de um país é, sem dúvida, seu bem mais precioso. Não há desenvolvimento completo de uma nação sem ter uma Cultura sólida, diversificada, amparada e em constante evolução. Tudo o que foi comentado essa semana sobre o tema torna clichê qualquer fala elogiosa, mas me sinto na obrigação de defender a classe a que pertenço, tanto institucionalmente quanto artisticamente. O fim do Ministério da Cultura foi um golpe no coração do Brasil e dos brasileiros, ainda que muitos não tenham se dado conta, pois a poderosa “força invisível” da Cultura nunca foi perceptível para todos. O que mais me entristece no momento é constatar que o governo recém-empossado decidiu fazer parte desse último grupo. Se a Cultura, de fato, sair da pauta do governo, conforme as modificações estruturais sugerem, os efeitos no futuro da sociedade serão devastadores do ponto de visto humano. E mais uma vez, muita gente nem vai perceber, ou, ainda, não vai associar causa e efeito. Contudo, sou otimista por natureza. Continuarei acreditando na arte e na cultura como agentes de modificação social, imprescindíveis à evolução de cada ser humano. Mais do que acreditar, não deixarei de contribuir de modo prático com esses dois pilares do país, produzindo material de cunho artístico e cultural sempre que a inspiração me fizer companhia.

5 de abril de 2016


Amar o próximo
Não precisa ser distante...
Cante no ouvido dele
Uma canção de amor errante,
E ele, de repente, amará contente
O próximo distante!


Carlos Eduardo Drummond

4 de fevereiro de 2016

Minha cerimônia de formatura aconteceu em dezembro de 1991, no auditório Mário Lago, em São Cristóvão. Naquele ano, recebi a honra de fazer o juramento diante de um auditório lotado. Conquistei esse direito pelo fato de ter sido o primeiro aluno da Unidade Engenho Novo. Na ocasião, também entrei, pela primeira vez, na sala do "hall da fama" do Colégio Pedro II, em cujas paredes estão gravadas, em bronze, as assinaturas dos alunos eminentes que passaram pelo colégio. No frescor da minha juventude, desejei, secretamente, fazer parte dele um dia. O tempo passa e a vida nos brinda com grandes surpresas. Em março de 2016, vinte e cinco anos depois daquele momento, eu e outros três ex-alunos, entre eles, o compositor Pedro Luís, do Monobloco, seremos homenageados com o honroso título de Aluno Eminente do Colégio Pedro II.  As conquistas, definitivamente, chegam para aqueles que decidem lutar por elas.