9 de dezembro de 2012




Eu me lembro, eu me lembro...
Em meados de dezembro,
Um menino conheci.
Eu ainda era criança
Quando brilhou a esperança
No então menino que vi.

Deixei de ser pequenino
Mas meu amigo menino
Não deixou de ser criança.
E todo mês de dezembro,
Em seus olhinhos, me lembro,
Brilhava a luz da esperança.

Sim, na noite de Natal,
De Belém vinha um sinal
Ao som de um sagrado hino.
Uma estrela me dizia
Que se chamava Maria,
E que era mãe do menino.

Então, num clarão divino,
O meu amigo menino
Surgia em forma de luz.
Todo de branco, vestido,
Sussurrava ao meu ouvido:
— Eu sou o menino Jesus.

Carlos Eduardo Drummond

5 de novembro de 2012


Se estiver bebendo sonhos,
Brinde à vida na ilusão...
Se entregue ao desconhecido,
Mas vá de táxi, irmão!

Carlos Eduardo Drummond

18 de outubro de 2012

Samba CAMPEÃO 2013!!!!


No Norte a estrela que vai me guiar,
Exemplo pro mundo: Pará!
O talismã do meu  país,
A sorte da Imperatriz!



Me Leva, Gil Branco, Tião Pinheiro, Drummond e Maninho do Ponto

14 de outubro de 2012

(Foto: Carlos Eduardo Drummond)

SONETO A UM CONDENADO À MORTE
(Tragédia na França do Século XIX)

A Victor Hugo
(Le denier jour d’un condamné)

Fria sentença: à morte condenado,

Ideia lúgubre lhe vem à mente,
Sorte dele e da lâmina serpente
Que, juntos, selam o fúnebre noivado.

A poucas horas do terrível fado,

A guilhotina é preparada. Rente,
Um cesto é posto, onde, ao olhar da gente,
O cadafalso espera o renegado.

A multidão se estreita, ali, na esquina

Da grande Praça, palco do infeliz
Que espera a hora da carnificina.

— Não há mais tempo (o atroz carrasco diz),

Está na hora — desce a guilhotina...
Cala-se a voz, mas quem morre é Paris.

Carlos Eduardo Drummond

30 de agosto de 2012

(Foto: Carlos Eduardo Drummond)

Oração Carioca

Cristo nosso que estais no Corcovado,
Santificado seja o vosso Rio,
Sejam belas vossas praias,
Do Leme ao Pontal...
O Pão-de-Açúcar nosso de cada dia nos dai hoje,
Perdoai-nos em fevereiro, é Carnaval.

Carlos Eduardo Drummond


1 de agosto de 2012

Raiou Cuara!
Oby aos olhos de quem vê!
Eu bato o pé no chão, é minha saudação,
Livre na pureza de viver!
Sopra no caminho das águas
O vento da ambição!
O índio, então...
Não se curvou diante a força da invasão,
E da cobiça fez-se a guerra,
Sangrando as riquezas dessa terra!
Cicatrizou, deixou herança,
E o que ficou está em cartaz...
Na passarela, “estado” de amor e paz!

               Siriá... Carimbó... Marujada eu dancei!
               No balanço da morena... Me apaixonei!
               O bom tempero pro meu paladar...
               De verde e branco “treme” o povo do Pará!

A arte que brota das mãos,
Dom da criação, vem da natureza...
Da juta trançada em meus versos
Se faz poesia de rara beleza!
Oh! Mãe... Senhora, sou teu romeiro,
A ti declamo em oração:
Oh! Mãe... Mesmo se um dia a força me faltar,
A luz que emana desse teu olhar
Vai me abençoar!

              No Norte a estrela que vai me guiar,
              Exemplo pro mundo: Pará!
              O talismã do meu país,
              A sorte da Imperatriz!

Me leva, Gil Branco, Tião Pinheiro, Drummond e Maninho do Ponto


22 de junho de 2012

"Se o seu orgulho
Não deixa você aceitar
Essa minha saída,
Não precisa ficar deprimida,
Eu deixo você me deixar!"

Carlos Eduardo Drummond

7 de maio de 2012

(Foto: Carlos Eduardo Drummond)
Fim de tarde no subúrbio do Rio de Janeiro.




















19 de março de 2012


Em abril de 1996, debutei na literatura publicando meu livro de poemas Borboleta Cor de Areia. Esgotados os 1000 exemplares da edição original, disponibilizo agora pela Agbook a 2a edição do livro. No site é possível encomendar um exemplar impresso ou baixar em formato e-book, a preços populares. Confira no link abaixo.

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Está disponível pela editora Agbook a 2a edição do meu livro de sonetos "Pequenos Sons", lançado originalmente em dezembro de 2003. No site é possível adquirir o livro impresso e também baixar em formato e-book, a preços populares. Acesse o link abaixo e confira.

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7 de fevereiro de 2012


Ninguém vai me segurar...

Aconteceu...
O despertar de um lindo sonho meu!
A emoção resplandeceu
No coração da Leopoldina!
A vida embalada em canções,
Extravasando emoções...
Um elo de amor e felicidade,
É o samba que manda na minha cidade!

Sou filho de Jorge, o Santo Guerreiro,
Sou nobre na fé, sou brasileiro,
Meu santo é forte, ninguém vai me segurar...
Eu levo a sorte, deixo a vida me levar...

Flavinho - Me Leva - Drummond

5 de janeiro de 2012

(Foto: Carlos Eduardo Drummond)
Feliz 2012!!!!!