Eu me lembro, eu me lembro...Em meados de dezembroUm menino conheci.Eu ainda era criançaQuando brilhou a esperançaNo então menino que vi.Deixei de ser pequeninoMas meu amigo meninoNão deixou de ser criança.E todo mês de dezembro,Em seus olhinhos, me lembro,Brilhava a luz da esperança.Sim, na noite de Natal,De Belém vinha um sinalAo som de um sagrado hino.Uma estrela me diziaQue se chamava Maria,E que era mãe do menino.Então, num clarão divino,O meu amigo meninoSurgia em forma de luz.Todo de branco,...
5 de dezembro de 2009
3 de outubro de 2009
10 de setembro de 2009


Úmida, a noite me faz companhia.
Já há algum tempo tem sido assim, amiga,
Nas horas de tristeza e de fadiga,
E nas horas em que escrevo poesia.
Revelo meu segredo à face fria
Da noite, que me escuta e assim me intriga,
Sem ouvidos, sem lábios... Ela abriga
A augusta paz que agora me sacia.
Sempre silenciosa e paciente,
Ela é, de fato, minha doce irmã,
É minha mãe, é minha confidente.
Sendo assim, ela é minha guardiã.
E sou feliz à hora do poente...
E fico triste aos raios da manhã...
Carlos...
1 de agosto de 2009
19 de julho de 2009


Eu tinha um selo pequeno,
Fabricado no Japão,
Com a face de uma gueixa,
Que mal cabia na mão.
Eu amava aquela gueixa,
De todo o meu coração,
Desprezando os outros selos
Restantes da coleção.
Já cansado de sonhar
Usei a imaginação:
Disposto, então, a lutar,
Entrei de selo na mão
Num grande templo budista
Cercado de tradição.
Ali, diante do Buda,
Comecei uma oração,
Fiz um pedido secreto
À luz da meditação.
Selei, no fim, meu pedido,
Beijando o selo na mão
E agradeci ao deus Buda,
De joelho ainda...
4 de julho de 2009
19 de junho de 2009


O doce que ela vendia
Não tinha açúcar somente...
Tinha outro ingrediente,
Que no peito se escondia.
Inocente — Eu não sabia...
Por isso, freqüentemente,
Depois do almoço, eu comia
Aquele docinho quente,
Bem crente que me valia,
Assim, de modo patente,
A sobremesa do dia.
A cada doce eu sentia
Algo um pouco diferente...
À tarde — um bom-bom de nozes,
À noite — um sorriso quente,
Que na boca derretia.
E o meu coração fremente,
A cada hora mais forte,
Palpitava pela moça,
Que aquele doce vendia.
Era...
14 de junho de 2009
6 de junho de 2009
27 de maio de 2009
24 de maio de 2009


“Entreteias” chegou às minhas mãos em folhas avulsas de papel reciclado, sem o acabamento visual elaborado pelas editoras. A agitação do dia-a-dia me obrigou a deixá-lo sobre a mesa da sala por duas semanas, ainda que o nome da obra tenha despertado em mim um interesse que me corroeu por todo esse tempo.A leitura de um livro começa pelo título. É a partir dele que o imaginário do leitor vai ser moldado. O neologismo aqui presente sugere de modo fulminante a atmosfera moderna em que o leitor está...
23 de maio de 2009


Na janela do quarto da menina
Não havia cortina.
A luz da Lua entrava sem bater,
E a menina brilhava de frio.
Na janela do quarto da menina
Não havia cortina...
O Sol chegava de mansinho,
Como quem carrega uma culpa qualquer.
Nem a Lua, nem o Sol,
Nem a brisa da madrugada...
Não havia quem soubesse
Cuidar daquela menina...
Entrei, um dia, no quarto da menina sem cortina.
Não vi a luz da Lua, não vi a luz do Sol,
Nem a brisa tocou minha pele.
Não havia cortina no quarto da menina.
Entrei ali sem...


Não sou ator de cinema,
Mas escrevo o poema
Que traduz o sentimento mais puro e concreto...
Não sou agente secreto,
Mas sou discreto, pois falo de amor
Como quem salva o mundo sem ser notado...
Não tenho arma nem “dublê”,
Mas tenho você...
E posso enviar-lhe uma rosa...
Naquela manhã chuvosa em que eu não puder lhe ver...
Sou aquele que lhe quer bem,
Sou o que lhe deseja sorte também...
Sou, no fundo, o “herói comum”,
Com o dom de saber amar,
Sem precisar dizer a ninguém...
Carlos Eduardo Dru...
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